Um grupo de trabalho criado no final de agosto passado pelo reitor Marcelo Knobel tem renegociado contratos com fornecedores e prestadores de serviço. O objetivo é reduzir o déficit da universidade.
Atualmente, são cerca de 700 contratos, mas de início as conversas estão concentradas nos 25 principais, que correspondem a até 80% de todo o valor pago pela Unicamp às terceirizadas ou aos fornecedores.
De acordo com o titular da Diretoria Executiva de Administração (DEA) e presidente do GT, professor Roberto Paes, essas negociações não irão interferir na qualidade do serviço prestado
Dentro de 60 dias, o GT vai elaborar um relatório preliminar detalhando cada uma das renegociações e em 90 dias, será apresentado o relatório final.
Segundo Paes, as negociações estão sendo feitas com a Sanasa, CPFL além de empresas que prestam serviços de limpeza, transporte e segurança, dentre outras. Em algumas situações, contratos já foram fechados e dependem apenas de algumas formalidades.
No boletim informativo de Setembro a Unicamp argumentou que se não houver mudança expressiva nas despesas ou no volume de recursos que ela recebe do Tesouro do Estado, a Universidade calcula um déficit de R$ 290 milhões em 2017 e R$ 320 milhões em 2018.
Demonstrou também que a sequência de déficits orçamentários desde 2014 está corroendo a reserva financeira da Universidade. De janeiro de 2014 a julho de 2017, o saldo bancário despencou, em valores nominais, de mais de R$ 1,17 bilhão para R$ 684 milhões, o que representa uma redução de quase 42%.
No começo de outubro o Conselho Universitário aprovou o corte linear de 30% nos valores de todas as gratificações não incorporadas pagas a docentes, pesquisadores e funcionários, medida essa que deve resultar em uma economia de até R$ 17 milhões. Já o aumento no valor da refeição oferecida pelos restaurantes universitários, que passaria de R$ 2 para R$ 4 aos estudantes não carentes foi retirado de pauta por pressão dos alunos.
