A operação que culminou na condução coercitiva do prefeito de Paulínia, no interior de São Paulo, Dixon Carvalho (PP), da esposa dele, de secretários, assessores e vereadores é o desdobramento de uma investigação que partiu de Minas Gerais e tem como principal alvo a empresa de coleta de lixo Filadélfia que é a atual responsável pelo serviço em Paulínia. Ela começou a atuar em contrato emergencial neste ano e recentemente venceu a licitação definitiva, dentro de um consórcio.
Além das conduções coercitivas, na região, houve cumprimento de mandados de busca e apreensão em 25 lugares, entre eles, prefeitura e Câmara e dois empresários foram presos.
A operação ocorreu ao longo desta quinta-feira (09/11), atingindo ainda Sumaré, que tem contrato com uma das empresas do consórcio.
O promotor do Gaeco do Ministério Público, Jandir Torres Neto, explica que a Filadélfia já teria participado de fraudes em licitações. Resta saber, se foi o que aconteceu em Paulínia e Sumaré.
Em oitiva, o prefeito de Paulínia preferiu o silêncio. Ao chegar à sede do Gaeco, Dixon Carvalho foi breve com a imprensa, dizendo: “falar é fácil, quero ver provar”.
O procurador Mário Tebet cita indícios de irregularidades que levam a investigar o chefe do executivo.
Os demais alvos de condução coercitiva teriam participado ou se beneficiado com a suposta fraude. Além do prefeito e da primeira-dama, um nome que chamou atenção foi do secretário de obras de Paulínia, Valdir Terrazan, que já foi vereador pelo PSDB e subprefeito em Campinas.
Após a ida ao Gaeco do MP, a assessoria de imprensa de Dixon Carvalho informou que ele cumpriu expediente na prefeitura, mesmo com dispensa dos funcionários. Ressaltou ainda colaboram com as investigações. Mesmo posicionamento, da Câmara de Vereadores.
Além de Minas Gerais, Paulínia e Sumaré, a operação do Ministério Público que contou com apoio do Baep da Polícia Militar também aconteceu em Ribeirão Preto e Franca, interior de São Paulo.
