O Ministério da Saúde informou que o número de casos de sífilis em adultos aumentou 27,9% em 2016, em comparação com o ano anterior. Em gestantes, cresceu 14,7%, e a congênita, 4,7%. Diante dos dados, o Departamento de Vigilância Prevenção e Controle das DSTs, informou que o Brasil ainda vive em situação de epidemia.
Em Campinas, os números seguem altos. Até 31 de outubro, o município notificou 1193 casos adquiridos, quase o mesmo número registrado em todo o ano passado, quando foram 1390 notificações. Foram ainda diagnosticados 67 casos congênitos e outros 266 em gestantes. Os dados do Departamento de Vigilância e Saúde de Campinas apontam que somente nos últimos seis anos, os casos da doença cresceram mais de 1000% no município.
Os casos de sífilis sofreram uma redução considerável no final da década de 80 e início de 90, com o aumento do uso de preservativos causado pelo medo da epidemia de AIDS. 30 anos depois, com o avanço da medicina no tratamento das doenças, as pessoas estão deixando de se prevenir e o resultado é o avanço no número de novos casos de DSTs. Segundo a infectologista da Devisa, Valéria Almeida, estudos apontam que apenas 30% das pessoas com vida sexualmente ativa usam preservativos em suas relações.
A sífilis é uma doença causada por uma bactéria que, na maior parte dos casos, é transmitida através do contato íntimo sem uso de preservativo. Quando esta infecção surge durante a gravidez, ela pode infectar o feto, que contrai a sífilis congênita, uma situação preocupante que pode se tornar grave e causar má-formação, aborto ou, até, morte do bebê. A sífilis tem cura e o seu tratamento é feito através de injeções de penicilina, orientadas pelo médico de acordo com a fase da doença em que o paciente se encontra
