A Organização Social que administra o Hospital Ouro Verde teria desviado R$ 4 milhões de verba pública da área da saúde de Campinas. A informação foi confirmada pelos promotores do Gaeco. A Vitale usaria serviços de consultoria para receber esse valor, mas eles não eram prestados.
Na manhã desta quinta-feira, a Operação Ouro Verde foi deflagrada tendo como principais alvos a unidade hospitalar e a prefeitura de Campinas. Um lobista do Vitale, Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, foi preso e na casa dele foram apreendidos dois carros de luxo.
A operação encontrou também, na casa do Diretor de Prestação de contas da Secretaria de Saúde, Anésio Corat Júnior, cerca de R$ 1,2 milhão em dinheiro, estocados em caixas de sapato. Aos promotores, o servidor de carreira disse que os recursos são provenientes de parte da venda da fazenda da família.
OPERAÇÃO OURO VERDE
O Ministério Público cumpre mandados de prisão contra administradores da Organização Social Vitale, responsável pela gestão do Hospital Ouro Verde, em Campinas, nesta quinta-feira, dentro da 1° fase da operação Haustório do Gaeco, com apoio do Baep da Polícia Militar. Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão e seis de prisão.
Investigações apontam que um grupo criminoso desviaria verbas da área da saúde da cidade. A responsável por isso seria a Vitale que é a administradora do hospital municipal Ouro Verde. A Prefeitura de Campinas é também alvo de mandados de busca e apreensão nesta manhã.
Segundo o MP, a Vitale, que não deveria ter fins lucrativos, obteve vantagem patrimonial indevida, através do desvio sistemático de recursos públicos da saúde.
As prisões são cumpridas nas residências de administradores da Vitale. Além de Campinas, outras cidades são alvos – entre elas São Paulo, Várzea Paulista e Bariri.
