Revolta e tristeza ainda tomam o ambiente do Hospital Ouro Verde em Campinas, após uma semana da operação do Ministério Público que denunciou – “a organização social Vitale que administra a unidade teria desviado verba da saúde (cerca de R$ 4 milhões).”
Na manhã do dia 30 de novembro Campinas amanheceu com as notícias de mandados de busca e apreensão no hospital, na prefeitura e nas residências de empresários e pessoas que estariam envolvidas com esquema criminoso, que mais tarde era detalhado pelo promotor José Claudio Tadeu Baglio. Consultorias não prestadas seriam usadas para corrupção.
O dinheiro que teria sido desviado, poderia mudar a situação da filha de Jane Vilela de Lima que neste dia 07 aguardava um leito de UTI.
Também encontramos pacientes que buscavam atendimento na ortopedia e saíram da unidade sem conseguir fazer um raio x. Houve ainda queixa da falta de um cardiologista. A consulta foi agendada, mas o profissional não compareceu. Passamos a demandas a assessoria de imprensa da prefeitura.
Sobre a paciente que necessita da UTI, informou que o estado de saúde era estável e em tratamento, garantindo que já havia solicitação de vaga pela Central de Regulação e assim que liberada, ela será transferida.
Em relação ao raio x, afirma que o equipamento funciona normalmente. Já sobre as consultas com cardiologista, explicou que equipe de transição de gestão está verificando as demandas emergenciais existentes e buscando as soluções. Rita Bissoli pede rigor na apuração do caso do Ouro Verde.
Diante nos problemas no Ouro Verde, a prefeitura de Campinas rompeu com a OS Vitale e determinou intervenção no Hospital e afastou um funcionário público que foi encontrado com mais de R$ 1 milhão. O prefeito Jonas Donizette, defende pente fino e lupa nas investigações.
No legislativo, a oposição propôs a abertura de uma CPI, mas a base aliada não aprovou. O chefe do executivo chegou a criticar a proposta. Para ele, veio com teor politico.
Os sindicatos dos funcionários e dos médicos há meses denunciavam problemas no Hospital Ouro Verde. Atrasos no pagamento dos salários, falta de insumos e de condições estavam entre as queixas que culminaram em sucessivas greves na unidade.
Ambos defendem apuração rigorosa e solução para o problema.
Na Operação Ouro Verde, seis pessoas foram presas. Elas foram ouvias entre os dias 04 e 06 de dezembro. Os promotores do Gaeco analisam o conteúdo de volumosa apreensão de documentos, celulares e computadores.