A crise ainda não passou e os campineiros vão trocar presentes mais baratos no Natal. Pelos corredores dos shoppings, a palavra de ordem é planejamento. A ideia é economizar, mesmo que a maioria considere ser quase impossível evitar gastos a mais devido à importância da comemoração em família.
No Iguatemi Campinas, muitos compradores diziam priorizar as opções que não estourassem o orçamento destinado às férias. Esse foi o caso de Ivo Fernando. Rodrigo Aparecido da Silva estava com o filho de cerca de cinco anos, a quem atribui a prioridade na escolha de um presente com o valor mais elevado. Por outro lado, reconhece que não comprou o que gostaria e diz que não vai poder presentear todo mundo devido à crise e às contas ainda pendentes.
Faltando poucos dias para a data tão esperada, o fluxo é grande no centro comercial, que calcula um aumento de 5% no movimento em dezembro. A comparação é feita com o mesmo mês de 2016, ano que foi considerado ruim de modo geral pelos comerciantes, que agora contam com alguma melhora. Ainda de acordo com a expectativa divulgada pelo Iguatemi, a projeção para as vendas do Natal é de crescimento real de 2% a 5%, descontada a inflação.
Subgerente de uma loja de calçados masculinos no primeiro piso, Glauciano Martins, diz que os resultados ainda se mostram bem próximos ao ano anterior. Ele alega que esperava mais e detalha que muitos clientes procuram por produtos mais baratos e que as compras envolvem um item por vez.
Além da troca das notas fiscais das compras por panetones e o sorteio de dois carros, o shopping também programou uma série de atrações natalinas. Já no Galleria Shopping, administrado pelo mesmo grupo, as expectativas são de 3% de crescimento no fluxo e de até 4% nas vendas, descontada a inflação.