O advogado de Fernando Vitor Torres, lobista denunciado na Operação Ouro Verde, pediu a habilitação do perito Ricardo Molina como assistente técnico da defesa. Haroldo Cardella diz que as conversas gravadas estão fora de contexto.
Além de afirmar que as escutas não representam a integralidade do conteúdo, define o material como uma “interpretação” dos promotores. O advogado também já entrou com um pedido de habeas corpus na Justiça para o cliente.
Ligado a Vitale, Fernando Vitor Torres segue preso desde 30 de novembro. Na casa dele, dois carros de luxo foram apreendidos durante a ação do Ministério Público, que investiga um desvio de R$ 4 milhões do Hospital Ouro Verde.
A defesa de Torres, porém, justifica que as únicas provas dos promotores são os diálogos e que não há documentos que comprovariam qualquer envolvimento ilícito. Por esse motivo, diz que o perito já trabalha na análise dos áudios.
Na ligação grampeada do dia 7 de julho, o lobista diz a um contato da Prefeitura de Pedreira que estava aguardando o aditivo da Administração campineira e que até havia dado um “estímulo”, mas que o pagamento não tinha sido liberado.
Questionado, o promotor Daniel Zulian disse que os diálogos foram contextualizados de acordo com o conteúdo e com os elementos obtidos e alega que todos os diálogos foram entregues à Defesa, não havendo qualquer seleção.