Em visita a Piracicaba para um debate organizado pela Associação dos Professores do Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, voltou a dizer que sofre perseguição. Durante 40 minutos de discurso, também reforçou as críticas a Polícia Federal, ao Judiciário e ao Ministério Público Federal, que alegou não terem provas de algo ilícito cometido por ele.
Em julho deste ano, Lula foi condenado na primeira instância a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo envolvendo o triplex no Guarujá. Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região marcou para 24 de janeiro o julgamento do recurso do petista, situação que preocupou a legenda sobre a eleição presidencial de 2018.
Com a possibilidade de condenação na Corte de apelação, o partido sabe que pode ter que buscar um novo nome para o pleito e por isso as falas no evento pareciam convergir para Lula. Além dele, estiveram no Teatro São José, em Piracicaba, os ex-ministros da gestão do PT, Fernando Haddad, Aloísio Mercadante e Renato Janine e também outros nomes da sigla.
Entre eles, o ex-senador e atual vereador da cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, que fez um discurso inflamado de apoio a Lula para uma possível disputa pela presidência no próximo ano. Com o nome “Desmonte da Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil”, o debate reuniu uma série de críticias a gestão do presidente Michel Temer, do PMDB, e teve cerca de cinco horas de duração.