O juiz da 4ª Vara Criminal de Campinas, Caio Ventosa Chaves, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os seis presos na primeira fase da operação Ouro Verde e decretou a prisão preventiva dos suspeitos.
Eles foram detidos no dia 30 de novembro em uma ação conjunta do Gaeco do MP e do Baep da Polícia Militar e são investigados pela prática de crimes de organização criminosa, fraude à licitação, falsidade ideológica e peculato.
O juiz autorizou ainda a continuidade da investigação e determinou o levantamento dos diálogos interceptados, com base no interesse público. Os promotores apuram um desvio de cerca de R$ 4 milhões em verba do hospital.
Os presos são o ex-diretor técnico da Vitale, Fernando Vitor Torres, que teve dois carros de luxo apreendidos, os empresários Daniel Câmara, Paulo Câmara, Aparecida Bertoncello e Ronaldo Foloni e o advogado Ronaldo Pascoarelli.
Além deles, o ex-servidor público Anésio Corat Júnior teve o afastamento cautelar decretado pelo magistrado. Ele ocupava o cargo de diretor de contas da Pasta de Saúde. Na casa dele, R$ 1,2 milhão em dinheiro foram apreendidos.
Ele foi exonerado logo após a prisão, mas teve o nome publicado no Diário Oficial no dia 7 de dezembro para assumir outro cargo na Administração Municipal. A Prefeitura informou que houve um erro e o anúncio foi apagado.
Após a operação, o Executivo rompeu o contrato com a organização social Vitale e assumiu a gestão do Hospital Ouro Verde.