Após ser citado em conversas do diretor-presidente do Grupo Rac/Correio Popular, Sylvino de Godoy Neto, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, foi mencionado em uma escuta telefônica autorizada pela justiça, entre Fernando Vitor Torres Nogueira Franco e uma pessoa identificada como Mole, que falava de um telefone da prefeitura de Pedreira.
Fernando Vítor, segundo Ministério Público, era lobista da OS Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde. Foi na casa dele, que os promotores apreenderam dois carros de luxo, na operação do dia 30 de novembro.
No diálogo, Fernando diz que estava aguardando o aditivo da administração municipal campineira e que havia até dado um “estímulo”, mas até então, o pagamento não tinha sido liberado. Essa gravação é do dia 07 de julho.
Em entrevista coletiva, Jonas Donizette já negou envolvimento com suposto esquema de desvio de verba da saúde. Um dos argumentos usados pelo prefeito de Campinas foi o fato de não ter liberado aditivos ao contrato da Vitale.
Nós também conversamos com o advogado de Fernando Vitor, Haroldo Cardella, que afirmou que os “estímulos” citados na conversa não são negativos, como propina, por exemplo. Seriam apenas pressões para que a prefeitura liberasse a verba.
A defesa de Fernando também argumenta que o caso Ouro Verde está baseado em interpretações e apenas uma parte dos diálogos telefônicos. Essas questões também são recorridas na justiça pela parte.
O suposto lobista teve prisão preventiva decretada e já há o pedido de habeas corpus.