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Pressionada por abertura de CPI, base do governo ainda não decidiu se vai investigar os contratos do Ouro Verde

Pressionada depois que o nome do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, apareceu nas investigações do Ministério Público sobre desvio de dinheiro público na administração do Hospital Ouro Verde, base governista da câmara ainda não decidiu sobre abertura de uma CPI. Segundo o líder de governo, vereador Marcos Bernardelli, o grupo deverá se reunir e tomar uma decisão sobre a comissão.

Desde que as investigações do MP se tornaram pública, a chamada bancada independente, formada pelos vereadores do PSD e de oposição pediram a abertura da CPI, mas reuniram apenas seis assinaturas. Para o processo ser iniciado, precisam assinar 11 vereadores, o que corresponde a um terço dos parlamentares de Campinas. Na última semana, os vereadores da base rechaçaram a abertura da CPI, afirmando que o pedido tinha motivação política.

Mas a situação pode mudar depois que o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, foi citado numa conversa entre o empresário Sylvino de Godoy, diretor presidente da Rede Anhanguera de Comunicação, responsável pelo jornal Correio Popular, e Ronaldo Foloni, então diretor geral da Vitale. Na conversa, Foloni disse que Gustavo Godoy, o filho do diretor do Jornal, teria dado a entender que a Vitale só havia vencido o certame em Campinas graças à intervenção do seu pai com o prefeito, numa troca de cessar as matérias negativas que eram realizadas pela publicação contra a SPDM, entidade que antecedeu a Vitale, na gestão do hospital Ouro Verde. O prefeito teria então garantido ao empresário que a nova OS contrataria os serviços de imagem de Gustavo.

Para o líder de governo na Câmara, Marcos Bernardelli, do PSDB, a investigação do Ministério Público é apartidária e tem condição de dar uma resposta melhor para a população, sobre a situação do Hospital Ouro Verde. De qualquer forma, ele disse que a decisão será tomada em uma reunião envolvendo os vereadores da base.

O vereador Marcelo Silva, do PSD, afirmou que a abertura da CPI se faz necessária, porque, segundo o Ministério Público, os indícios contra o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, são graves e não podem ser ignorados. Diante dos novos fatos da investigação, o vereador Pedro Tourinho, do PT, entende que a CPI deverá ser formada na câmara, mas teme que a oposição seja deixada de fora da composição da comissão.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, repudiou qualquer forma de uso indevido de seu nome por quem quer que seja. Ele disse ainda que enfrentou a Vitale de forma direta, defendendo os interesses da população. Nenhum dos vários pedidos de aditivos feitos pela Vitale foi atendido. Este enfrentamento culminou com a intervenção no hospital Ouro Verde e a demissão dos servidores públicos acusados.

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