A vazão do Rio Atibaia que está passando no ponto de captação da Sanasa já é quatro vezes maior do que há um ano, graças ao volume de chuvas de Janeiro, que foram de 90,6 mm, o que representa 34,5% do volume de esperado para o mês. Esse Rio é responsável pelo abastecimento de 95% de Campinas.
A medição nessa quarta-feira, realizada no ponto de monitoramento em Valinhos, estava em 45,20 metros cúbicos, com 1m91cm. O que preocupa a doméstica, Tainá Maiara, por causa do risco de enchente. A professora, Regina Batista, se preocupa com a ponte que passa sobre o Rio Atibaia, usada no trajeto de sua casa para o trabalho.
Rui da Silva tem um comércio na Praça Beiro Rio e apesar de considerar positiva a tranquilidade hídrica com a cheia, ele também se preocupa com o risco de transbordamento. Já a moradora de Sousas, Emília Casavelha, comemora ao ver o Rio Atibaia com abundância de água.
Com a grande oferta hídrica do Rio Atibaia, o uso do Sistema Cantareira na região tem sido mínimo, com liberação de 0,25 m3/s no Rio Atibaia e 0,20 m3/s no Rio Jaguari, com o objetivo apenas de aumentar o nível de reservação, uma vez que os rios não estão dependendo das liberações do Cantareira.
O Cantareira também se beneficia das chuvas para aumentar sua reservação, que ontem operou com 43.3% de sua capacidade de volume. Como comparativo, vale lembrar que em outubro de 2014, no auge da crise hídrica, o Rio Atibaia chegou a ter vazão abaixo dos 4 m³/s e Campinas precisou adotar sistema de rodízio no abastecimento de água.
