Desde que a prefeitura de Campinas anunciou que iria reajustar os valores cobrados no IPTU deste ano, a administração pública garantiu que os aumentos seriam de até 30% em relação aos carnês de 2017. Mas desde que os contribuintes receberam a cobrança, começaram a surgir casos em que o imposto ficou mais caro do que a projeção feita pelo município. Sem entender como os cálculos foram feitos, essas pessoas não sabem o porquê terão de pagar um valor tão alto neste ano. Os contribuintes afirmaram que os imóveis não foram modificados, reformados e nem ampliados, o que tornaria questionável o cálculo da prefeitura.
Sérgio Verne mora no Jardim Bom Retiro e se assustou ao ver o valor cobrado no carnês deste ano: R$ 2.162. Em 2017, ele pagou pouco mais de R$ 1,6 mil, o que corresponde a um reajuste de 32,8%, acima do teto da prefeitura. Sérgio Verne disse que foi uma surpresa ruim logo no começo do ano. Edvaldo Mori, afirmou que no seu caso, o reajuste foi de 35 por cento. A parcela de R$ 182,00 por mês que ele pagou no ano passado foi para R$ 247,00. Edvaldo, que mora no Jardim Dom Bosco, disse que se sentiu enganado com o reajuste. O caso de Hamilton Borges, que mora em Sousas, é ainda pior: o IPTU ficou 46,33% mais caro. O valor passou de R$ 3.636 para R$ 5.321. Segundo ele, não há justificativa plausível para um reajuste tão alto na cobrança do imposto.
A Secretaria de Finanças informou que verificou os endereços citados na reportagem e que o maior percentual de reajuste foi de 32,80%, ou seja, dentro do limite estabelecido, visto que ao limitador deve ser somado o reajuste da UFIC e a diferença no desconto aplicado para a taxa única. Para uma análise mais precisa, o ideal é que o contribuinte informe o código cartográfico do imóvel ou procure uma das unidades de atendimento da Prefeitura.