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Empresário é denunciado novamente pelo MPF na operação Rosa dos Ventos

O Ministério Público Federal em Campinas ofereceu nova denúncia contra o empresário Miceno Rossi Neto, de 54 anos, desta vez por lavagem de dinheiro. Dono de diversas empresas do ramo de produção e distribuição de álcool combustível, o empresário vendia o produto mais barato aos postos de combustíveis graças a um complexo esquema de sonegação de impostos, como apontou a investigação da Operação Rosa dos Ventos.

Segundo o MPF, o empresário utilizou uma empresa de fachada para deixar de pagar tributos entre 2008 e 2011. O esquema consistia no uso de distribuidoras fantasmas para a comercialização de etanol, o que viabilizava a sonegação de 33% dos tributos após a compra do combustível das usinas. As empresas tinham vida útil de aproximadamente quatro anos, tempo médio até que a Receita descobrisse a atuação ilegal. Quando entravam na mira da Fazenda, as companhias eram fechadas e outras eram abertas no lugar.

Esta é a terceira denúncia contra ele, acusado em setembro de 2017 de ter sonegado R$ 693 milhões por meio de três empresas, entre elas a Euro Petróleo. Ele responde ao processo em liberdade. Segundo o procurador da República Ricardo Perin Nardi, desde que houve a decisão do supremo em colocar o suspeito em liberdade, não apareceram novos elementos que justificassem um novo pedido de prisão. Rossi Neto e os demais acusados são denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro reiterada cometida por organização criminosa. Com estes agravantes, caso condenados, os acusados podem receber penas de 3 a 16 anos de prisão.

Em nota o advogado José Luis Oliveira Lima, que representa o empresário Micena Rossi Neto, disse que mais uma vez a imprensa tem conhecimento de uma acusação antes que a defesa. Segundo ele, no momento adequado ficará demonstrada a improcedência das acusações levantadas contra o seu cliente.

A Operação Rosa dos Ventos foi deflagrada em 15 de agosto e faz parte de uma investigação sobre suposto esquema de fraude na distribuição de combustíveis. Na ocasião, foram cumpridos 20 mandados de prisão temporária, dos 24 expedidos pela Justiça. Ao todo, foram 11 prisões na região de Campinas, três em São Paulo, quatro em Goiás, uma em Belo Horizonte e outra em São Sebastião do Paraíso.

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