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Febre amarela e desinformação causam sumiço de macacos

Mais da metade dos macacos mortos no estado de São Paulo desde julho de 2016 viviam na região de Campinas. Segundo dados do boletim epidemiológico do governo paulista, foram 377 registros do total de 717 em 18 meses. E esse aumento foi percebido pela Associação Mata Ciliar, que fica em Jundiaí e atendeu casos de diversos municípios.

Entre eles, Campinas, Amparo e Monte Alegre do Sul, que tiveram confirmações de febre amarela em seres humanos. Segundo a coordenadora de fauna da entidade, Cristina Harumi, a doença é a principal causa dos atendimentos. Nos últimos seis meses de 2017, 70 macacos foram recebidos. Destes, 70% morreram, sendo a maioria com os sintomas.

Em Campinas, a última notificação de animais mortos foi em outubro do ano passado, quando dois saguis foram encontrados. Mas para piorar, Harumi explica que o surto da febre amarela em várias regiões do estado gerou pânico entre as pessoas. Com isso, saguis e bugios de áreas urbanas e de mata passaram a ser associados ao vírus e a sofrer ataques.

Por esse motivo, explica que os primatas não transmitem a doença aos humanos e que os grandes vilões são os pernilongos. Além disso, esclarece que os próprios macacos infectados acabam servindo de alerta para os cidadãos e as autoridades. O panorama pode ser confirmado pelos moradores de propriedades rurais, que notaram o sumiço dos primatas nos últimos meses.

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