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Ouro Verde: mantido afastamento de funcionário que guardava R$ 1,2 milhão em casa

Cerca de R$ 1,2 milhão foram encontrados em caixas de sapato (Foto: Divulgação)

O funcionário público de Campinas, Anésio Corat Júnior, que teria participação no suposto esquema de corrupção envolvendo a Vitale que administrava o Hospital Ouro Verde continua com afastamento cautelar determinado pela justiça e a prefeitura também prorrogou por mais 30 dias a medida de suspendê-lo do cargo, durante investigações internas. Ele era o diretor de contas da Secretaria de Saúde e estaria envolvido em supostos de desvios de verba do setor.

Apesar de afastado, ele continua recebendo o salário de dentista, que foi o cargo que entrou no funcionalismo em 1989, sendo suspensa apenas a gratificação pelo cargo da diretoria.

Foi na casa de Corat Júnior que o Ministério Público apreendeu R$ 1,2 milhão, que estavam guardados em caixas de sapato. A ação foi no dia 30 de novembro do ano passado, dentro da Operação Ouro Verde que chegou a prender gestores da organização social.

Essa quantia milionária chegou a ser requerida por um parente de Corat Júnior, mas o pedido foi negado pela justiça e o dinheiro continua apreendido.

Dentro das investigações do Gaeco do Ministério Público, escutas telefônicas autorizadas pela justiça, aparecem como indícios do envolvimento do concursado com gestores da Vitale.

Em 27 de abril de 2017, Corat conversa com Ramon Luciano da Silva, comissionado alocado no setor de Contas da pasta de saúde. No diálogo, ele mostra preocupação com grampos e fala de uma postura adotaria se não tivesse “retornos”.

Outro indício do envolvimento de Anésio Corat Júnior parece em conversa entre Hélio Feanchi, então diretor da Vitale e Fernando Vítor Torres Nogueira Franco, que seria lobista no suposto esquema. Eles fala sobre uma aparente insatisfação do funcionário público, que seria causada por um “acerto” não cumprido. Fernando após citar isso, parece desconversar como se desse conta de que a conversa não deveria ser falada por telefone.

Os gestores da Vitale que foram presos continuam na cadeia, já que a justiça indeferiu as liminares de Habeas Corpus.

Além Corat Júnior, outro funcionário da prefeitura de Campinas, Maurício Rosa foi exonerado do cargo de diretor do Departamento Administrativo da Secretaria de saúde por ter sido citado em escutas telefônicas, com suspeita de envolvimento. Secretários do governo Jonas e o próprio prefeito também apareceram nos grampos e são investigados no suposto esquema que teria desviado pelo menos R$ 4 milhões.

 

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