Acontece nesta sexta-feira (23/03), a primeira audiência do caso Ouro Verde contra seis pessoas ligadas à Organização Social Vitale, que administrava o hospital municipal de Campinas. Os gestores são denunciados por participação em suposto esquema que teria desviado R$ 4,5 milhões da área da saúde.
Os seis foram presos operação do Ministério Público, em novembro do ano passado. Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, Daniel e Paulo Câmara, Aparecida Bertoncello, Ronaldo Foloni e Ronaldo Pasquarelli foram denunciados pelo Gaeco por organização criminosa, fraude à licitação, falsidade ideológica e peculato. Eles cestão em prisão preventiva desde dezembro.
A sessão na 4ª Vara Criminal está marcada para 14h e estão previstos depoimentos de dez testemunhas, entre elas funcionários da Vitale e da prefeitura. O Secretário de Assuntos Jurídicos, Sílvio Bernardin, está entre as testemunhas de defesa, junto com Ivanilde Aparecida Ribeiro funcionária da Prefeitura, que era diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional à época em que a Vitale foi selecionada.
Uma testemunha apresentada pelos promotores já foi ouvida por carta precatória em Jundiaí. O ex-diretor do Departamento de Compras da Saúde, Anésio Corat Júnior, chegou a ser incluído na lista, mas a desistência foi homologada pela Justiça. No foi na casa dele, que foram apreendidos mais de R$ 1 milhão, durante a operação do ano passado.
A previsão é que os acusados acompanhem os depoimentos, já que pedido para que fossem dispensados foi indeferido.
Esse caso, tem ainda outros investigados, que compõem o alto escalão da administração municipal campineira, entre eles, o prefeito Jonas Donizette, o secretário Silvio Bernardin e o líder de governo na Câmara, Marcos Bernardelli (PSDB).
Eles aparecem ou foram citados em escutas telefônicas autorizadas pela justiça. Entre as provas do processo estão 91 computadores e HDs, 34 celulares, além de 147 sacos, caixas, pastas e pacotes com documentos. Na operação que cumpriu 33 mandados, houve apreensão de dois carros de luxo e R$ 1,2 milhão em dinheiro.
