Tomou posse em Campinas o Conselho Municipal de Cultura de Paz. Ao todo, são 46 membros, entre representantes do poder público e da sociedade civil. O grupo é formado por lideranças religiosas e nomes ligados a entidades e instituições de ensino e serve para propor políticas públicas para a segurança.
O prefeito da cidade, Jonas Donizette, do PSB, diz que a ideia é permitir a troca de experiências e fornecer alternativas ao Executivo no combate à violência. Uma das cadeiras será ocupada pela presidente da faculdade Unipaz Campinas, Silvia La Monica. Para ela, o espaço de debates representa uma conquista.
A cerimônia de assinatura do decreto de criação do Conselho contou com a presença do ativista indiano Arun Manilal Gandhi, neto de Mahatma Gandhi. Pacifista como o avô, que foi o líder da insurgência contra os colonizadores britânicos no século 20, ele está em Campinas para participar de palestras.
Com a ajuda de um tradutor, respondeu sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro e lamentou o que definiu como “solução rápida” à desigualdade social. Adepto da não-violência, Arun viaja o mundo para difundir a filosofia da criação de uma espécie de rede onde se é responsável pela comunidade à qual pertence.
Em Campinas, ele participa dos eventos que integram a programação do Fórum Internacional de Culturas de Paz, que discute a segurança pública no País. Estão previstas ainda exposições e uma caminhada pela Lagoa do Taquaral. Todas as ações estão detalhadas no site da Prefeitura: campinas.sp.gov.br.
