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Comissão Processante notifica prefeito e vereadores de Paulínia

O presidente da Comissão Processante instaurada na Câmara de Paulínia, Tiguila Paes, do PPS, já notificou o prefeito Dixon Carvalho, do PP, sobre a investigação que pode culminar na cassação dele e de 13 dos 15 vereadores. A comissão analisa indícios de troca de favores. Blindado de apurações sobre contratos emergenciais da merenda e coleta de lixo, com valores superiores a R$ 13 milhões, Dixon teria feito 68 nomeações para compensar os parlamentares.

Afastados dos cargos e substituídos por suplentes na votação que aprovou o início do processo por 10 votos favoráveis, um contrário e três abstenções, os membros da Casa citados na denúncia serão notificados nos próximos dias. A partir disso, eles e o Chefe do Executivo terão 10 dias para a apresentação da defesa antes do levantamento de provas. Até o momento, Tiguila Paes diz ter em mãos uma lista com as nomeações e ainda diálogos envolvendo os investigados.

O presidente da Comissão Processante não quis detalhar quais são os demais documentos a serem analisados, mas diz que pelo menos cinco depoimentos serão colhidos. Entre eles, o da ex-secretária de RH da Prefeitura de Paulínia. Questionado sobre um possível interesse dos vereadores suplentes na aprovação da cassação dos titulares, já que assumiriam as vagas, ele descarta a possibilidade e diz que vai defender a legalidade durante as oitivas e reuniões.

Os 13 membros do Legislativo seguem afastados até o final das análises. Já Dixon Carvalho continua no cargo de prefeito durante o processo e só será afastado em caso de aprovação do parecer final por maioria simples da Casa. O trabalho tem 90 dias para resultar em um relatório. Nesse período, Tiguila garante a defesa aos acusados. Além dele, foram nomeados em sorteio Paulo Camargo, do PDT, como secretário, e Robert Jacynto, do PP, como relator.

Ao fim desses trabalhos, no entanto, a Câmara de Paulínia terá outra Comissão Processante. Desta vez, contra o vice-prefeito de Paulínia, Sandro Caprino, do PRB. Ele é acusado de improbidade, desvio de função e quebra de decoro. Conforme a denúncia aprovada em Plenário, ele não estaria desempenhando as atividades do cargo. Rompido com Dixon desde maio do ano passado por discordâncias no início da gestão, alega ser vítima de “perseguição política”.

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