Depois de sete dias de paralisação, chegou ao fim na noite desta sexta-feira a greve dos médicos do Hospital Ouro Verde. O acordo só aconteceu depois da realização de uma audiência pública realizada horas antes no Ministério Público do Trabalho, onde representantes da prefeitura e do sindicato que representa a categoria chegaram a um consenso.
Para que os trabalhadores colocassem fim imediatamente ao movimento, a administração municipal assumiu alguns compromissos. A secretaria de saúde garantiu que vai disponibilizar o material e medicamentos necessários para o atendimento e que estão em falta. Em relação aos salários dos terceirizados, os vencimentos serão pagos num prazo máximo de 15 dias após a comprovação da prestação de serviços. O município garantiu ainda o pagamento regular de todos os empregados que estão com contratados no regime da CLT. Além disso, os serviços efetivamente prestados durante o período de greve também serão pagos. A prefeitura e o sindicato também se comprometeram em facilitar o diálogo entre as partes, criando uma agenda de encontros.
A decisão pelo fim da paralisação foi tomada pelos trabalhadores em uma assembleia realizada logo após a audiência. Para o presidente do sindicato dos médicos, Casemiro Reis, o saldo do movimento foi positivo, já que os trabalhadores conseguiram com que a prefeitura assumisse uma série de compromissos com a entidade. O secretário de saúde de Campinas, Cármino de Sousa, o acordo no Ministério Público do Trabalho foi importante para que os funcionários do hospital fiquem tranquilos depois de um período turbulento.
A greve dos médicos do Ouro Verde começou no dia 23 de fevereiro e desde então, apenas os casos de urgência e emergência são atendidos.
