A aeronave interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) com 500 quilos de cocaína na última terça-feira no interior do Mato Grosso pertence a um homem que tem negócios na Região Metropolitana de Campinas.
O avião está registrado em nome de Lucas Maikon Gusmão de Lima, proprietário de um comércio atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos, registrado no Jardim Amanda II, em Hortolândia.
Além disso, Lima consta como sócio de duas empresas no interior do Mato Grosso – uma madeireira, e um colégio. O homem que consta como sócio dele nesses negócios é proprietário de empresas em Sumaré, e também tem um avião registrado em seu nome.
O avião de Lima foi interceptado após vir da Bolívia sem um plano de voo. Quatro aviões da Fab foram utilizados para monitorar e interceptar o avião. Um dos pilotos da FAB ordenou que o piloto da aeronave mudasse a rota e o pousasse em um aeroporto de Cuiabá, mas ele não seguiu a ordem, e pousou em uma estrada de terra na cidade de Barra do Bugres, a 170 quilômetros de Cuiabá.
O piloto da aeronave conseguiu fugir. A Polícia Federal acredita que ele tenha sido resgatado por outros integrantes da quadrilha. Nossa reportagem tentou contactar o proprietário do avião nas empresas atribuídas a ele, mas ele não foi localizado. A ação que interceptou a aeronave faz parte da Operação Ostium, que reforça a vigilância no espaço aéreo nas fronteiras com a Bolívia e Paraguai.
