Dos mais de 45 mil acidentes de trabalho registrados em Piracicaba entre 2013 e 2017, cerca de 12 mil aconteceram com mulheres. Ou seja, 27%.
Os dados são do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador e mostram ainda que 23% do total de 302 casos graves envolveram trabalhadoras.
O coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador da cidade, Milton Costa, explica que o resultado exige uma solução integrada.
No caso de quedas no mesmo nível, com chão liso ou molhado, ou em escadas e rampas, por exemplo, ele propõe campanhas educativas de prevenção.
Cinco mortes de mulheres no trabalho foram registradas entre 2013 e 2017. Três por acidentes de moto, uma por carro e uma por choque elétrico.
Sobre as fatalidades em ruas e avenidas, o coordenador da comissão, Milton Costa, culpa o próprio trajeto e ainda a falta de manutenção e fiscalização.
Entre as doenças laborais, o levantamento do Cerest leva em conta o período de 2015 a 2016, quando 47% dos 621 casos de Piracicaba envolveram mulheres.
Mas entre o montante de cerca de 290 trabalhadoras atendidas, 43% não possuíam o segundo grau completo, o que dificultou a recolocação no mercado.
Entre as reclamações sobre dores osteomusculares, as funções que mais foram atendidas foram auxiliar de produção, com 38 casos, e auxiliar de limpeza, 36.