A Corregedoria da Câmara de Campinas enviou ao Ministério Público uma cópia do parecer que arquivou o processo administrativo contra o vereador Paulo Galtério, do PSB. Acusado de ter utilizado quatro assessores pagos pelo Legislativo no próprio escritório de advocacia, o parlamentar responde a um inquérito civil na Justiça sobre o assunto.
A ação da promotoria aponta que três advogados e uma estagiária teriam sido contratados como comissionados pelo gabinete, mas também atuariam na firma particular dele. Os salários variavam de R$ 4,4 mil a R$ 12 mil, somando R$ 22 mil que seriam pagos todo mês pelos cofres públicos. A irregularidade teria acontecido durante o ano de 2016.
Mas para a Corregedoria, que já havia afirmado que a punição deve ocorrer no mandato vigente, como “o objeto da ação foi judicializado, houve perda da seara administrativa”. O vereador Paulo Galtério fala em decisão justa. Além de negar irregularidades, ele detalha que todos os assessores trabalhavam somente na Câmara no período citado.
O relatório sobre o arquivamento é assinado pelo corregedor Jorge Schneider, do PTB, o relator Zé Carlos, do PSB, e ainda o membro Marcos Bernardelli, do PSDB. Enquanto isso, o processo consta como Concluso para Decisão desde janeiro na Justiça. Ou seja, está nas mãos do juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1ª Vara da Fazenda Pública.