De 219 casas em 2016 para 653 em 2017. O uso de energia solar na Região Metropolitana de Campinas subiu 198% de um ano para o outro. Quem optou pela instalação do sistema confirma as vantagens, mas reconhece que o investimento inicial é alto e por isso precisa ser planejado. O valor atualmente está na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, dependendo do tamanho da casa e do número de moradores, segundo a CPFL.
O aposentado Eduardo Kawabata é de Campinas e conta que pretende reaver o valor gasto em setembro do ano passado em meados de 2023. Apesar disso, diz que o esforço compensou. Mensalmente, deixou de pagar R$ 350,00 e passou a receber na conta a taxa mínima de R$ 90,00.
Antes da instalação, o interessado deve ter em mente que o projeto precisa ser adequado às características do terreno e do consumo médio. O modelo mais tradicional é através da colocação de placas nos telhados para maior incidência solar, mas a instalação pode ser feita no solo.
Presidente da Órigo Energia, que trabalha com sistemas dos dois tipos, Surya Mendonça explica que todos os detalhes são levados em conta. Isso porque o equipamento precisa da implantação de um relógio bidirecional por parte da concessionária responsável pela distribuição.
A adaptação serve para que o excedente do que não foi consumido seja enviado para a rede e possa ser usado, por exemplo, durante a noite. A homologação junto à CPFL permite ainda que o cliente abata da conta de luz o volume de energia produzido pelos painéis fotovoltaicos.
A diretora de Inteligência de Mercado da distribuidora, Fabiana Avellar, esclarece que a diferença pode ainda se tornar um crédito. Além da possibilidade de ser utilizada em até 60 meses, a apuração feita em um local pode ser usada em outro do mesmo proprietário. Na região, Campinas lidera com a instalação para 429 clientes, seguida por Valinhos, 43, e Americana e Vinhedo, cada uma com 33.
