Os 13 vereadores de Paulínia que foram afastados dos cargos pela Justiça conseguiram uma liminar que garante o retorno deles às funções na Câmara. Investigados por uma Comissão Processante aprovada em votação com participação dos suplentes, eles podem voltar a frequentar as sessões. Um deles é Fábio Valadão, do PRTB, que defende a retomada da cadeira. Para ele, o afastamento foi mais um capítulo da briga política instalada na cidade.
Valadão é citado na denúncia de que 13 dos 15 membros do Legislativo teriam blindado o prefeito Dixon Carvalho, do PP, em troca de 68 cargos de confiança. As nomeações teriam sido feitas como compensação depois que dois contratos emergenciais da merenda e da coleta de lixo não foram avaliados pela Casa.
A suposta troca de favores fundamentou um pedido de apuração que foi barrado em Plenário, mas esse resultado foi suspenso pelo juiz Carlos Eduardo Mendes. Na decisão, além de pedir por uma nova discussão do assunto, o magistrado também determinou que uma nova votação fosse feita com todos os suplentes.
Com isso, a Comissão Processante foi aberta e todos os parlamentares citados foram afastados. A medida deveria valer durante os 90 dias da investigação. Definindo o afastamento como “absurdo”, o vereador Fábio Valadão argumenta que a liminar sobre o retorno ao cargo foi necessária e se defende das acusações. Além de negar ter vendido o voto em sessões sobre supostos crimes de responsabilidade do prefeito, diz que as nomeações foram feitas com critérios.
Mas essa não é a única investigação que deve ocorrer na Câmara de Paulínia. Isso porque o vice-prefeito de Paulínia, Sandro Caprino, do PRB, também é alvo de denúncias. Ele é acusado de improbidade, desvio de função e quebra de decoro. Conforme a denúncia aprovada, ele não estaria desempenhando as atividades do cargo.
