Foco do trabalho da Secretaria de Serviços Públicos de Campinas em 2018, o descarte de materiais da construção civil é comum em áreas abertas e terrenos vazios da cidade e exige um esforço conjunto com a Pasta de Segurança.
Um dos casos recentes aconteceu no Jardim São Judas Tadeu, distrito do Campo Grande. Três mil toneladas de entulho foram removidas do bairro e os infratores foram identificados e multados pelos agentes da Prefeitura.
Onze caminhões, uma pá carregadeira e uma retroescavadeira foram usados. As multas correspondem a R$ 8 mil cada uma e foram aplicadas após o flagrante. O despejo irregular oferece riscos ao meio ambiente e à saúde pública.
Responsável pela Usina Recicladora de Materiais do município, a engenheira ambiental Tamires Prudente elege as doenças como os principais problemas gerados pela presença desses materiais em locais próximos às moradias.
Mas mesmo apostando na conscientização, Tamires Prudente acredita que o aumento da fiscalização é a principal arma contra esse tipo de ação. Além da parceria com a Segurança, diz que o contato com cidades vizinhas é frequente.
Todos os resíduos retirados dos grandes espaços são encaminhados à Usina Recicladora de Materiais. No local, que também funciona como aterro de inertes, uma parte do volume é encaminhada para reaproveitamento.
De acordo com a engenheira ambiental, a identificação e a classificação de quais entulhos podem ser reciclados e reutilizados em vias de terra da cidade são feitas por uma pessoa. O especialista avalia as condições e os tipos de materiais.
As multas para o descarte irregular variam de acordo com a quantidade. A população pode denunciar os infratores que descartam resíduos de forma irregular por meio do telefone 156 e do aplicativo Colab.