A Comissão Especial de Estudos da Câmara que discute a situação dos moradores de rua de Campinas quer traçar um perfil mais preciso sobre essas pessoas. A intenção é ampliar o atendimento oferecido pelo município.
De acordo com o último censo da Prefeitura, de 2016, 623 indivíduos viviam nessa situação. Do total, 80% usava substâncias psicoativas, 34% havia sido presos e cerca de 50% era de Campinas ou tinha algum familiar na cidade.
Ainda conforme os dados, a maioria era formada por homens, não-brancos, com média de idade de 40 anos e baixa escolaridade. Mas o vereador que preside a comissão, Luiz Carlos Rossini, do PV, quer informações mais detalhadas.
Além de querer entender os motivos, os problemas e as necessidades de pessoas nessa situação para aumentar a eficácia do serviço prestado pelo Executivo, ele quer viabilizar um controle em tempo real do número de moradores de rua.
Na última reunião da comissão, a secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Eliane Jocelaine, esteve presente e detalhou como é feito o trabalho diário dos agentes e assistentes sociais na cidade.
Além de abrigos e albergues, o Sistema Único de Assistências Social é formado pelos centros Pop I e II, que oferecem banho e oficinas técnicas, pela Casa da Cidadania, para distribuição de comida, e ainda a Casa de Passagem.
Mas o foco do trabalho é mesmo na abordagem. Segundo Jocelaine, são feitos contatos com cerca de 500 pessoas por dia. A partir dessa conversa, ela afirma que a intenção é estabelecer vínculos para que as pessoas confiem nos agentes.
No início do ano, foi aprovado na Câmara o projeto de lei que prevê a contratação de moradores de rua em obras públicas. Além disso, atualmente já existe na cidade o programa Mão Amiga, que oferece cursos de capacitação.
