O nível da água chegou a quase 30 centímetros de altura em alguns pontos da Travessa José Basílio de Almeida, na Vila Faride Calil, em Monte Mor. A casa de Maria Lúcia Benedito foi invadida depois que a vazão do Rio Capivari subiu de cinco para 53,16 metros cúbicos por segundo nesta segunda-feira.
O motivo foi a chuva forte que atingiu a região de Campinas na noite de domingo e que aumentou a correnteza rio abaixo, invadindo áreas abertas. Algumas ruas dos bairros Jardim Progresso e Capuavinha ficaram em situação semelhante e por isso o pedido da população é pelo desassoreamento do rio.
O problema é antigo e já havia acontecido este ano em janeiro, mas piora quando motoristas não respeitam a sinalização sobre a interdição do trânsito.
Questionado sobre a necessidade de limpeza da calha do rio, o secretário de Defesa Civil de Monte Mor, Murilo Rinaldo, afirma que já existe um projeto. Segundo ele, a Administração Municipal tem contato frequente com o Consórcio das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para a execução dessa obra.
Ele também justifica que não houve registro de famílias desalojadas e descartou a necessidade de qualquer medida emergencial de remoção de moradores.
Em nota, o Consórcio PCJ informou que auxilia na indicação de fontes de recursos e apoio com consultoria técnica em projetos. Entre eles, está o de desassoreamento. Em fevereiro, foi realizada uma reunião em Monte Mor.
Na ocasião, segundo o comunicado, foi solicitado o apoio da entidade em unir os municípios ao redor da calha do Capivari com o objetivo de buscar soluções conjuntas, medida que o Consórcio alega estar fazendo desde então.
Por fim, afirma que as reuniões do próprio Conselho Fiscal já se configuram como essa integração. Em consulta à equipe técnica, porém, a assessoria disse que até o momento não há nenhum projeto de desassoreamento no Rio Capivari.