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Estudo traça perfil de votações no estado de São Paulo

Um projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo coordenado pela Universidade Estadual de Campinas traçou os padrões das votações no Estado de São Paulo ao longo de 22 anos, de 1994 a 2016.

Entre as conclusões, feitas a partir de indicadores socioeconômicos, demográficos e regionais, está a hegemonia de mais de 20 anos do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, percebida em meio a fragmentação partidária.

A coordenadora do trabalho e professora titular de Ciência Política da Unicamp, Rachel Meneguello, explica que o território paulista tem uma dinâmica própria de disputa devido à distribuição dos partidos em inúmeros municípios.

Segundo ela, enquanto a variedade de elites e lideranças torna as eleições heterogêneas, a predominância tucana se explica pelo fortalecimento da legenda a partir dos governos de FHC e pela base de apoio e lealdades locais.

Ao longo do período analisado de 22 anos, o total do eleitorado paulista cresceu de 21 milhões para 33 milhões. Atualmente, são 7 mil vagas para vereadores, 645 para prefeitos, 70 para deputados federais e 94 para estaduais.

Todos os 35 partidos registrados juntos ao Tribunal Superior Eleitoral possuem base em São Paulo. Deste total, 22 legendas ganharam prefeituras no pleito de 2016, o que comprova a fragmentação partidária no interior do estado.

Outro resultado do levantamento é inédito no País e aborda a vida partidária de mais de 500 filiados. A ideia era tentar detalhar a forma como as mobilizações internas se relacionam com movimentos sociais e a sociedade civil.

O projeto “Organização da Política Representativa em São Paulo” foi desenvolvido por professores e alunos da Unicamp, Unesp, UFSCar e USP. As informações completas podem ser acessadas na página www.cesop.unicamp.br.

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