A frota de motocicletas na Região Metropolitana de Campinas cresceu 161% em 10 anos, segundo um levantamento realizado pelo Departamento Nacional de Trânsito. Em 2004, o número de veículos nas 20 cidades da RMC era de 122 mil. No final do ano passado, foram registradas 318 mil motocicletas. Ainda segundo levantamento, apenas em Campinas são 106 mil, ou seja, uma em cada três motos da RMC está na cidade. O aumento da frota causa preocupação, uma vez que o índice de acidentes com morte é maior quando há o envolvimento desse tipo de veículo. Segundo o especialista em trânsito, José Almeida Sobrinho, o crescimento do número de motos aliado à má preparação dos condutores, aumenta o risco de registro de acidentes.
Nas ruas de Campinas, condutores de automóveis e de motocicletas concordam que o veículo é importante para alguns serviços mais urgentes, como a entrega de documentos em menor tempo. Mas de qualquer forma ainda existe uma falta de respeito dos dois lados. O motociclista Rodrigo Andrade afirma que circular pelas ruas de Campinas hoje é muito perigoso. O motorista de automóvel, Edson Eduardo, afirma que a moto é um meio de transporte mais ágil, principalmente no trânsito caótico das grandes cidades. Mas ele defende uma formação de condutores mais rígida para evitar acidentes.
Segundo a Emdec, a cada 10 acidentes de trânsito envolvendo vítima, sete envolvem motocicletas. A empresa informou que em 2013, 52 motociclistas morreram nas ruas da cidade.
