Sem esquema de racionamento desde o fim de 2014, moradores do Jardim Aeroporto, em Itu, reclamam da baixa qualidade da água, que tem mau cheiro e coloração alterada e chega a faltar em alguns dias. No auge da crise na cidade, o bairro foi um dos 23 pontos estratégicos que receberam as caixas d’água comunitárias e que dependiam do abastecimento por caminhões-pipa.
Três meses depois da retirada do reservatório, porém, a dona de casa Helena da Luz conta que a água agora chega à casa dela, mas precisa passar pelo filtro da cozinha antes de ser consumida. Já a aposentada Mercedes Lucas prefere ferver ou comprar galões semanalmente. Ela reclama da situação e relata que também precisar estocar, já que a água nem sempre é suficiente.
Na região da Câmara dos Vereadores, que foi palco das manifestações da população contra a falta de medidas do Legislativo e da Prefeitura, os comerciantes continuam economizando. É o caso de Maria da Silva. Para Caroline Marques, no entanto, ainda faltam medidas do Poder Público. Para ela, a maior preocupação é com a falta de obras, que pode causar crise ainda mais aguda.
Procurada, a empresa responsável pelo abastecimento, Águas de Itu, afirmou em nota que “recebeu a reclamação de um morador do bairro sobre a coloração da água” e que “técnicos farão uma coleta no local”. Segundo o comunicado, a “realização de uma descarga na rede de distribuição que atende a região” também está programada. Sobre a pressão da água, a concessionária alega que “o abastecimento está normalizado e que não recebeu comunicação sobre isso”. Também consultada para responder as reclamações, a Prefeitura não enviou resposta até o fechamento desta reportagem.