A secretaria de saúde de Campinas divulgou o balanço que apontou o registro de 888 casos confirmados de dengue nos dois primeiros meses deste ano. Janeiro registrou 614 casos e outros 274 em fevereiro. O Departamento de Vigilância em Saúde tem ainda 873 casos suspeitos, que estão sendo investigados e aguardam resultados de exames laboratoriais. Nenhuma morte foi registrada no município. Também não houve caso notificado de chikungunya. As regiões do Jardim Eulina e do Campo Belo são aquelas que exigem mais cuidados do poder público.
A situação é preocupante, pois houve um aumento de mais de 57% das notificações de dengue em todo o País no mês de janeiro. Além disso, muitos municípios paulistas e da região de Campinas enfrentam epidemia da doença. De acordo com o secretário de saúde de Campinas, Cármino de Sousa, a situação é atípica e imprevisível, porque os registros de novos casos da doença estão acontecendo cada vez mais cedo. Segundo ele, a maior incidência de ocorrências acontecia normalmente em abril, mas o mês de janeiro deste ano registrou um número de casos muito elevado em todo o país.
A secretaria de saúde informa que mantem as ações de bloqueio, principalmente nas regiões do Campo Belo e do Jardim Eulina, onde a incidência da doença é maior. Os trabalhos contam com o apoio das demais secretarias de governo e também com a ajuda do exército. A administração também firmou um convênio com as imobiliárias da cidade, para que os agentes de saúde possam visitar os cerca de 15 mil imóveis de Campinas que hoje estão desocupados. Os proprietários de imóveis desocupados e de terrenos estão sendo intimados pela prefeitura para a realização da limpeza. Caso isso não ocorra, o município entrará na justiça para garantir a execução do serviço.
