A polícia técnico-científica realizou nesta quinta-feira a reconstituição da morte do adolescente Joab Gama das Neves, de 17 anos, a primeira vítima de uma série de 12 mortes registradas em Campinas entre a noite do dia 12 e madrugada do dia 13 de janeiro do ano passado. O trabalho contou com a presença de 13 figurantes, além da testemunha, que não teve a identidade revelada e permaneceu o tempo todo com o rosto coberto com um capuz. Também foram usados três automóveis e duas motocicletas.
O trabalho começou na Avenida Mário Trevenzoli, no Jardim Planalto de Viracopos, e de lá, a polícia partiu para a Avenida Mercedes Benz, em frente a Estação de Tratamento de Água do Distrito Industrial de Campinas, onde o adolescente foi encontrado baleado. O trânsito na via foi bloqueado pela Emdec. Pela reconstituição, a testemunha estava em um carro, quando parou o veículo na rua. Ela desceu armada do automóvel e abordou um pedestre. Um pouco mais a frente, a mesma cena era repetida, com uma pessoa armada e outras duas sendo abordadas.
De lá, eles retornaram para o posto próximo a Rodovia Santos Dumont. A perita criminal Ana Cláudia Diez, não deu nenhum detalhe sobre a reconstituição, porque o inquérito segue em segredo de justiça. Mas ela afirmou que o trabalho foi proveitoso e que deve ser confrontado com as versões apresentadas pelas demais testemunhas. Pela manhã, também seria realizada outra reconstituição da morte do adolescente, mas a testemunha desistiu.
Cinco ex-policiais militares são acusados de participação na morte de Joab Gama das Neves. Eles cumprem prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo.