Com o volume atual do Sistema Cantareira 60% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, a Agência Nacional de Águas deve reduzir ainda mais o volume para a região de Campinas. A mudança diminuiria a vazão de 2 metros cúbicos por segundo para 0,5 metros cúbicos por segundo na primeira quinzena de abril para evitar reduções dos recursos disponíveis no Cantareira.
Para o secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz, a manobra é natural e necessária para o enfrentamento do período tradicional de estiagem, que se inicia em abril e se estende até agosto. Lahoz ainda espera mais chuvas para o mês de abril, a exemplo do que foi registrado nos últimos dois meses. As precipitações, segundo ele, aliviariam a situação, mesmo não livrando a região da preocupação.Mas se a crise for mais acentuada em alguma cidade durante o outono e o inverno, o secretário-executivo do PCJ espera que a ANA revise a vazão de acordo com as necessidades.
Além da região de Campinas, a ANA também quer reduzir a vazão para a Grande São Paulo: de 13,5 para 11 metros cúbicos por segundo. Atualmente, o nível do Cantareira está em 18,2%. Com a nova medição adotada pela Sabesp, que inclui os volumes mortos na capacidade total, a porcentagem é de 14,1, mesmo índice de março de 2014, quando somente o volume útil era contabilizado. A situação continua delicada mesmo com as elevações porque a chuva dos últimos meses recuperou apenas a segunda cota do volume morto. Para cobrir a primeira, o nível precisa chegar a 29,2%. Ou seja, 0% do volume útil.
