Cinco anos já se passaram desde a implosão do prédio da antiga rodoviária de Campinas. De lá pra cá muitas promessas sobre a construção de outros imóveis foram feitas, mas nada saiu do papel. E o pior, é que o terreno acabou virando refúgio de dependentes químicos, depósito de lixo e ambiente para a proliferação do mosquito da dengue, por exemplo. Além de deixar a região com uma imagem degradante, o espaço sem nada construído faz com que os comerciantes da região sofram as consequências. Vários estabelecimentos já fecharam as portas, motivados pela diminuição do número de pessoas que circulam por alí. Ivanete Oliveira trabalha em um hotel na avenida Andrade Neves e confirma que o movimento do estabelecimento caiu consideravelmente nos últimos cinco anos.
A diminuição do movimento atingiu vários setores do comércio. Um salão de cabeleireiro que fica bem ao lado do terreno também sofre os reflexos, como afirma Wando, dono do estabelecimento.
Responsável pela área, a empresa CEM Empreendimentos já declarou que tem interesse no uso do espaço, mas os trâmites burocráticos são um problema. Por outro lado a prefeitura de Campinas disse que a promessa de revitalização da área do Botafogo é da administração Hélio de Oliveira Santos, e confirma que questões jurídicas e o fato da área ser privada travam projetos para o local.
