Um dos processos do Caso Sanasa, que investiga esquema de corrupção no governo Hélio de Oliveira Santos, em Campinas, teve a apresentação da alegação final do Ministério Público, com pedido de pena máxima para sete, dos oito réus acusados no esquema. 19 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Essa etapa foi concluída neste final de março.
O processo é referente a contratos que chegam a R$ 163 milhões envolvendo empresas de José Carlos Cepeira com a Sanasa, autarquia de Campinas. Além de Cepeira, são acusados no processo os lobistas Maurício Manduca e Emerson de Oliveira.
Foi esse esquema que levou o MP a investigar também o governo campineiro, em 2010. O segundo processo do caso, inclusive, tem como ré a ex-primeira dama da cidade, Rosely Nassim Jorge Santos.
O promotor, Amauri Silveira Filho, se restringiu a falar do caso Cepera que está numa etapa final. Ele justifica o pedido de pena máxima neste processo pelas características do grupo, como organização e abrangência das atividades.
Além dos quase vinte anos de prisão, o Ministério Público também pede a perda dos bens que teriam sido adquiridos pelos sete réus com a suposta prática de fraudes. A única ré desse processo que foi absolvida foi a esposa de José Carlos Cepeira, pois houve dúvida da participação efetiva dela no esquema.
O juiz da 3° Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes, explicou que a próxima etapa é de alegação final da defesa. A previsão é que ela aconteça até o final de abril, finalizando com o julgamento.
O segundo processo do caso, este sim, envolvendo a ex-primeira dama de Campinas estava suspenso devido um recurso da defesa pedindo a perícia em um dos áudios do processo.
Essa perícia foi finalizada também neste final de março. As etapas posteriores são de alegações finais e julgamento.