Uma nova proposta apresentada nesta segunda-feira feira à justiça trabalhista arrematou o estádio Brinco de Ouro da Princesa pelo valor de 105 milhões de reais. A proponente é a empresa Maxion, com sede em Porto Alegre, e que ainda não tem um projeto definitivo sobre o que seria construído no local. A proposta foi aceita após a recusa de outras três que já haviam sido apresentadas na hasta do dia 18 de março e que não passavam dos 70 milhões de reais. O representante da empresa, o advogado Dárcio Vieira Marques, afirmou que é possível algum tipo de parceria com o Guarani, mas que o estádio Brinco de Ouro deixara de existir.
Em relação as matriculas que pertencem a prefeitura e que foram um entrave nas propostas anteriores por não ser possível construir qualquer outro empreendimento, o representante da Maxion afirmou que vai tentar um acordo com a administração municipal, mas se isso não acontecer, irão se adequar e utilizar apenas os espaços onde as construções serão permitidas. Por parte da justiça, a juíza Ana Cláudia Torres Viana, titular da 6ª vara do trabalho, afirmou que os valores sobrem todas as dívidas trabalhistas e que em um ano todo o processo seja concluído, incluindo o julgamento dos pedidos de embargo por parte do Guarani e o pagamento de todos os credores.
Todo o processo concluído, o Guarani teria que deixar imediatamente o estádio Brinco de Ouro. O presidente do clube, o advogado Horley Senna, afirmou que todas as medidas cabíveis serão tomadas e tentou tranquilizar o torcedor.
O arremate do estádio acontece em meio a uma crise também dentro de campo, com salários dos jogadores atrasados, o clube foram do grupo dos quatro primeiros que subirão para a série a-1 do campeonato paulista e no dia em que o novo treinador, Ademir Fonseca, foi apresentado, após a demissão do então comandando, Marcelo Veiga.