O número de pacientes internados chegou a 19 na última sexta-feira na Unidade de Terapia Intensiva infantil do Hospital Mário Gatti, em Campinas. A lotação fez com que funcionários fossem realocados para o setor, o que suspendeu as cirurgias eletivas e obrigou o local a adaptar outras salas. As medidas foram motivadas pela alta demanda de crianças de até 5 anos com doenças respiratórias, problemas comuns nessa época do ano. Segundo o diretor técnico da unidade, Mário Zaidan, a suspensão das cirurgias marcadas foi necessária para priorizar a urgência e a emergência.
Ao todo, 50 funcionários – entre enfermeiros e técnicos – foram deslocados para auxiliar na entubação e no atendimento de urgência das crianças. A UTI tem capacidade para 10 leitos, mas sete pacientes estão na unidade semi-intensiva e outros dois internados no pronto-socorro. No PS infantil, a procura desde o final de março também aumentou: foram, em média, 350 atendimentos, sendo que o índice normal é 180. Gilberto Rufino aguardava a liberação da filha de 1 ano e 5 meses, que tinha dificuldades para respirar e precisou fazer inalação.
A demora no setor, segundo o diretor técnico Mário Zaidan, também tem relação com a demanda saturada dos bairros da região sul da cidade. Sem o PA São José, que só deve abrir nos próximos dias depois de seis meses, os moradores ainda são obrigados a buscar o a unidade maior. O problema é que sete pediatras do São José foram remanejados para o Mário Gatti durante a reforma e agora terão que voltar ao antigo local. Para não sentir o reflexo, a diretoria do hospital já entrou em acordo com a Prefeitura para que a migração seja feita gradativamente.
