Enquanto as obras na marginal leste do Piçarrão, em Campinas, não são concluídas, quem mora na região aproveita a calçada e o asfalto para correr e fazer caminhada, principalmente aos fins de semana. Iniciados em maio de 2014, os trabalhos tinham previsão inicial para março deste ano, mas devem ser entregues até julho, depois de quatro meses. O atraso foi atribuído pela Prefeitura às chuvas do verão.
A espera pela liberação do trecho irrita os motoristas, já que a região costuma registrar congestionamentos e concentra um dos maiores gargalos do trânsito nas manhãs dos dias de semana. Quem mora nos bairros próximos, porém, aproveita a estrutura já construída. Quando as máquinas param ao fim dos dias ou nos fins de semana, o asfalto vira pista de caminhada, como explica Pedro Rosene.
Já Eduardo Pimenta, que aproveitou o último feriado para correr e caminhar, mora quase em frente ao trecho em obras e reclama do atraso em alguns pontos da via. Atualmente, falta a construção de duas pontes sobre o córrego e que servirão como alças de acesso. As ligações vão eliminar semáforos e retornos para motoristas que saem do Túnel Joá Penteado para o bairro. No início de abril, em visita à região, o prefeito Jonas Donizette negou a possibilidade de novo atraso e disse que o tempo adicional serviu para garantir que as pontes suportem os aumentos da vazão durante chuvas.
Consultada sobre a manutenção do prazo em julho, a assessoria de imprensa da Prefeitura prometeu enviar um posicionamento depois do feriado. A nova marginal do Piçarrão tem custo de R$ 8 milhões. 90% dos recursos são do Governo Federal, através do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal. 10% são contrapartida do município.
