Durante assembleia de associados do Guarani, realizada na noite desta segunda-feira no estádio Brinco de Ouro, os empresários Cláudio Zaffari, do grupo Maxion/Zaffari que arrematou o patrimônio em leilão da justiça trabalhista pelo valor de R$ 105 milhões, e Roberto Graziano, do grupo MMG/Magnum, estiveram presentes como convidados para apresentarem suas propostas em termos de contrapartidas para que o clube se mantenha em atividade.
Zaffari afirmou que se compromete com a viabilização de uma arena para 12 mil torcedores, com possibilidade de ampliação, a construção de um centro de treinamentos e uma sede social, tudo em um mesmo terreno. Além disso, o Guarani receberia um aporte mensal de R$ 350 mil pelo período de 18 meses e um terreno para a construção do novo complexo, porém esses dois itens viriam dos R$ 105 milhões já usados para a arrematação do atual estádio. O problema é que, nos bastidores, a informações é que advogados de credores entrarão com embargos contra a decisão de usar parte da verba que deveria ser utilizada integralmente para o pagamento das dívidas trabalhistas.
Posterior ao discurso de Zaffari, Roberto Graziano apresentou uma nova proposta: Pagar as dívidas trabalhistas, construir arena para 10 mil inicialmente, centro de treinamento e sede social, além de um aporte de R$ 350 mil mensais por 10 anos. O detalhe é que o montante necessário para cumprimento da proposta viriam de 14% do Valor geral de vendas do complexo Brinco de Ouro que, segundo estimativas, gira em torno de R$ 2 bi, mas o valor pode variar.
Até esta quarta-feira a juíza Ana Cláudia Torres Viana deve divulgar um veredito se anula o leilão em que a Maxion arrematou o bem ou mantém a decisão pró grupo gaúcho. Como cabe recurso a decisão final ainda pode passar por segunda instância e até o Supremo Tribunal Federal.
