A confirmação de um caso de um novo vírus na região, conhecido como “prima da dengue”, faz a prefeitura de Campinas tratar a doença como uma realidade e fazer orientações. O “zika vírus” é ainda pouco conhecido na história da medicina e nesse mês de maio, um paciente de Sumaré foi diagnosticado com o vírus. Ele teria adquirido em uma viagem.
O Coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, André Ribas, reforça que com esta confirmação as atenções devem ser maiores, principalmente para os profissionais de saúde. A região já tem o vetor, que é o aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue.
Os sintomas do “zika vírus” são muitos semelhantes ao da dengue, porém mais brandos, como explica o Coordenador do Programa Municipal. Os casos da “prima da dengue” tiveram mais expressividade a partir de 2007, com destaque para epidemia na Polinésia Francesa. Não houve até o momento registros de mortes, no entanto, há situações de complicações neurológicas, como conta André Ribas.
Ainda não há um exame específico para o diagnóstico do “zika vírus”. A prefeitura de Campinas já fez um informe para a rede pública de saúde e aguarda aprovação e um modelo do Ministério da Saúde para lidar com esses casos. O tratamento do novo vírus deve ser feito com analgésicos, não exigindo tanta hidratação como a dengue em si. Apesar disso, a orientação nesse primeiro momento é que todos os casos sejam tratados como dengue.
Em nota, a secretaria de saúde de sumaré ressaltou que embora o Zika vírus seja semelhante à dengue, trata-se de uma doença de menor gravidade, e, por isso, provavelmente muitos casos de zika devem ter sido diagnosticados como casos leves
de dengue.
Segundo o Departamento de Controle da Dengue de Sumaré, foi realmente confirmado um caso do vírus zika cujo paciente é morador da cidade. Trata-se de um homem de 52 anos, morador do Parque General Osório.
Ele apresentou os sintomas no dia 10 de março, época em que a cidade já confirmava casos de dengue apenas pela avaliação clínica dos sintomas, e não mais através dos exames de sorologia (sangue).
O caso só foi descoberto porque este paciente havia doado sangue no Hemocentro da Unicamp, em Campinas, alguns dias antes de apresentar os sintomas.
O paciente alega não ter viajado para as regiões já com casos confirmados no país, o que leva a crer que o vírus já circula em nossa região. O paciente que doou o sangue se recuperou após alguns dias de sintomas.