Cerca de 500 pessoas que vivem na Vila Soma, em Sumaré, fizeram uma manifestação contra o leilão da área de ocupação, determinado pela justiça, que aconteceria nesta quinta-feira. Durante a passeata no Centro da cidade, eles receberam a notícia de que o leilão havia sido suspenso e que uma nova data será marcada. Atualmente, cerca de 2,5 mil famílias vivem na área que foi ocupada em junho de 2012. O leilão foi determinado pela justiça para o pagamento dos funcionários da antiga empresa que funcionava no local e que foi à falência em 1990.
Os moradores seguem apreensivos quanto ao futuro e por isso foram às ruas mais uma vez. Mesmo com a chuva que caiu em Sumaré nesta quinta-feira, os moradores deixaram a ocupação por volta da 13 horas e seguiram em direção ao Centro. Eles passaram pela prefeitura, o fórum municipal e terminaram em frente à sede de um jornal local. De acordo com o advogado das famílias que vivem na Vila Soma, Alexandre Mandl, são dois processos que estão tramitando no Tribunal de Justiça. Além da questão da reintegração de posse, o leilão da área faz parte do processo trabalhista movido pelos antigos funcionários que perderam o emprego e não foram indenizados. Segundo Alexandre Mandl, os moradores pedem que o leilão seja suspenso enquanto o destino das famílias não for definido.
A Polícia Militar acompanhou os manifestantes durante todo o percurso e nenhum incidente foi registrado. Durante os meses de junho e julho, os representantes dos moradores da Vila Soma estarão reunidos com o Grupo de Apoio às Ordens de Reintegração de Posse.
