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Abuso sexual é um dos principais tipos de violência em Campinas

O abuso sexual é um dos principais tipos de crimes registrados pelo Sistema de Notificação de Violência em Campinas. No primeiro semestre de 2014, ele representou 30% dos casos de violência, com 205 notificações. Esse dado é o mais atualizado da prefeitura, que traça também o perfil do agressor. 30% não eram conhecidos das vítimas, 22% era pai ou padrasto e 17% conhecido ou vizinho.

Para estes casos de violência sexual, no caso de uma gravidez, o aborto é legalizado no país. No Caism da Unicamp em Campinas, desde 1994, houve cerca de 200 solicitações, sendo 60% dos procedimentos realizados. Dez mulheres que passaram pelo aborto legal foram entrevistadas pela psicóloga Carolina Machado de Godoy, no estudo de doutorado pela Unicamp. As vitimas têm entre 18 e 38 anos, sofreram violência urbana.

A psicóloga destaca os traumas sofridos e a busca por orientação. As unidades de saúde pública, pela análise aparecem como as que seguem o protocolo para esses casos de gravidez, ao contrário do que foi verificado pelas atendidas em hospitais particulares da região. A Polícia Civil também estaria despreparada para esta assistência. A autora da pesquisa destaca que a interrupção legal da gravidez é um caso que já se alongou.

Carolina Machado de Godoy orienta que após a violência sexual, existem procedimentos que devem ser feitos no âmbito da saúde. A procura por uma unidade do SUS é o adequado. Ela cita o método contraceptivo, conhecido como a pílula do dia seguinte.

Além da questão da gravidez, as unidades de saúde também devem ser buscadas pelas vítimas de violência sexual para os procedimentos de prevenção A doenças sexualmente transmissíveis. A médica do Núcleo de Prevenção de Violência e Acidente da Secretaria de Saúde de Campinas, Naoko Silveira destaca que a busca pelos serviços acontece inclusive de moradores de outras cidades, mas que ainda há muito receio das vítimas.

Em Campinas existe a Rede Iluminar, com tratamento multidisciplinar, em que as vítimas recebem orientação nos postos de saúde, com encaminhamento para centros de referência e em casos de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis para a Unicamp.

 

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