O grupo que discute a desocupação da Vila Soma, em Sumaré, se reuniu nesta sexta-feira na Câmara dos Vereadores para analisar possíveis áreas para a realocação. O encontro motivou um novo ato dos moradores. Marcada para acontecer na Procuradoria Geral do Município, a conversa teve que mudar de local porque os portões estavam fechados. A situação revoltou os manifestantes, já que a Prefeitura também não compareceu.
Para o advogado das famílias, Alexandre Mandl, a ausência prejudica os trabalhos junto ao Grupo de Apoio às Ordens de Reintegração de Posse do Tribunal de Justiça. Para ele, o Executivo Municipal criou dificuldades. Além do advogado e de uma representante dos moradores, o grupo também contou com a participação da Caixa Econômica Federal e da construtora EMCCAMP, que analisou áreas em dois bairros da cidade.
O assessor da Secretaria Geral da República, Eduardo Valdoski, também integra o grupo. Ele representa o Governo Federal na resolução do impasse e negou problemas diante da falta de representantes municipais. Durante a manhã, os moradores fizeram nova passeata. Eles saíram da área ocupada desde 2012 e seguiram para o centro da cidade, onde fizeram atos em frente à Procuradoria e à Câmara de Vereadores.
Quando a reunião começou, o grupo permaneceu do lado de fora e não houve confusão. A Polícia Militar, assim como a Guarda Municipal e a empresa de trânsito de Sumaré acompanharam parte do percurso. A área particular ocupada está envolvida em uma causa trabalhista e deve ser leiloada. Por esse motivo, os moradores buscam uma solução. Entre os locais avaliados estão o Jardim Picerno e o Jardim Maria Antônia.
Em nota, a Prefeitura afirmou que “a reunião foi cancelada por questões de segurança, uma vez que foi informado pela PM que cerca de duas mil pessoas estariam acompanhando a reunião do lado de fora do prédio.”
