Após reunião realizada nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça de São Paulo, a ordem de reintegração de posse da Vila Soma, em Sumaré, foi suspensa. A decisão foi emitida pelo juiz do processo, André Gonçalves Fernandes, e a suspensão se dará até a conclusão dos trabalhos do Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse (Gaorp), relacionados à negociação das áreas, para a construção de dois empreendimentos habitacionais que atendam às famílias da ocupação.
O advogado dos moradores Vila Soma, Alexandre Mandl, afirma que duas áreas em uma região indicada pela Prefeitura, no Jardim Picerno, podem ser utilizadas para a construção de dois empreendimentos habitacionais.
As propriedades já estariam com compromissos de compra e venda assinados, e a construtora Emccamp estaria aguardando apenas a autorização da Prefeitura para iniciar as obras dos empreendimentos habitacionais.
Segundo o representante dos moradores da ocupação, Willian Souza, as construções seriam viabilizadas com verbas de um programa habitacional voltado para famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais ou associações sem fins lucrativos.
Nos empreendimentos seriam construídas 1.924 unidades habitacionais, o que, segundo souza, seria suficiente para abrigar os moradores da ocupação, apesar de hoje estarem estimados em 2.400 famílias, pois muitos deles já estão cadastrados em outros programas e podem vir a obter moradia por outros meios.
A Prefeitura de Sumaré não enviou representantes à reunião, o que desagradou aos representantes da ocupação. A próxima reunião no Gaorp está marcada para o dia 14 de setembro, às 14h.
