Dados divulgados pela ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas) apontam que nos primeiros sete meses de 2015, cerca de 6,3 mil pessoas perderam o emprego no município. Só em julho foram 1725 demissões. Desde 2009, esse ano tem tido o pior cenário. Ao contrário de 2015, em julho de 2014 foram registradas 157 contratações e de janeiro a julho do ano passado, 2,5 mil pessoas conseguiram uma vaga no mercado de trabalho.
Mas sempre atrás de um número, há uma pessoa. Que estuda, se capacita mas mesmo assim, às vezes, não encontra vagas. O inspetor de qualidade Benedito Jr. está desempregado faz oito meses. Ele comenta que tem buscado vagas mesmo em outras áreas. Já Marcio Soltoski já trabalhou em diversas áreas e procura um emprego há seis meses. Ele também tem buscado melhorar sua qualificação mas confessa: a situação não está fácil
Para a economista e professora da Universidade Mackenzie Leila Rocha Pellegrino em época de crise é uma tendência a busca de qualificação em outras áreas. No acumulado do ano foram eliminados na Região Metropolitana de Campinas 9,4 mil empregos. No mesmo período de 2014 foram criados aproximadamente 13,2 mil. Para a economista um dos fatores que eleva o desemprego em Campinas e também na RMC é a vocação industrial da região
Em todo o Brasil, de acordo com dados do Caged, quase meio milhão de pessoas perderam o emprego esse ano. Só em julho passado foram 158 mil demissões.
