O consórcio das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí discordou das propostas feitas pela Agência Nacional de Águas e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo para a renovação da outorga do sistema Cantareira, que deverá ser apresentada nesta sexta-feira. Segundo o consórcio, a região teria prejuízos no abastecimento e a Grande São Paulo sairia beneficiada no processo. Os documentos encaminhados pela ANA indicam uma perda de 3,30 metros cúbicos por segundo para as bacias do PCJ, passando de 6,82 para 3,52 metros cúbicos por segundo. Já o modelo apresentado pelo DAEE indica favorecimento a Grande São Paulo, que teria o abastecimento ampliado, passando de 31,54 para 32,07 metros cúbicos por segundo.
O coordenador de projetos do consórcio do PCJ, Júlio Cezar Saad, afirmou que a renovação da outorga tem que atender a região de Campinas, que apresentou um crescimento grande na última década. O consórcio PCJ defende uma vazão mínima de 10 metros cúbicos por segundo, o que impossibilitaria a retirada de 30 metros cúbicos por segundo para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo.
