O Ministério Público Federal denunciou seis administradores da Empresa de Saneamento e Tratamento de Resíduos (Estre) por sonegação de impostos, que chegariam a R$ 110 milhões. Isso teria acontecido entre 2006 e 2009. A Estre é responsável pelo tratamento do lixo de Campinas desde o ano passado, através da unidade de Paulínia. Ela tem sede em São Paulo e unidades em seis estados brasileiros, na Argentina e na Colômbia, sendo uma das maiores no setor de manejo de resíduos sólidos para geração de combustíveis e insumos.
Segundo a denúncia, a empresa teria feito manobras que maquiaram o lucro contábil registrado no período. O MPF também afirma que em junho de 2006, os administradores forjaram a incorporação da extinta “Estre Ambiental” pela “Estre Holding”, sediada no mesmo endereço, criada três meses antes, sem estrutura autônoma e com capital social de R$ 1 mil.
Segundo o Ministério Público Federal, o negócio foi feito apenas para permitir que os gestores sonegassem os impostos. A pena por sonegação de tributos pode passar de sete anos de prisão, além do pagamento de multa.
A Estre, por nota, informou que não foi notificada pelo Ministério Público Federal e não realizará qualquer comentário antes de ter acesso ao teor integral da denúncia.