Marcos Alberto de Souza, profissional da construção civil, mas atualmente ganha a vida vendendo água na Avenida Campos Salles, no centro de Campinas. Porque? Ele é um dos 57.695 desempregados na cidade, números que fazem com que o município fique acima da média nacional, com 8,9% contra 7,6% da média do Brasil de trabalhadores sem emprego. A taxa é a mais alta desde dezembro de 2012 e mais de três pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado.
Voltando ao Marcos, o vendedor de água diz: o importante é ganhar a vida, honestamente.
Marcos fica na maioria do tempo enfrente ao CPAT, o Centro Público de Apoio ao Trabalhador, um local onde, todos os dias, dezenas de trabalhadores vão atrás de emprego. Gracielle é uma dessas, ela afirma que a empresa em que trabalhava fechou e desde então encontra dificuldades para arrumar um novo trabalho.
Os dados citados foram divulgados pela Associação Comercial e Industrial de Campinas, que revelou ainda que foram 4.652 demissões no município desde janeiro, o pior desemprenho nos últimos sete anos.