Um grupo de 300 trabalhadores da escolta armada e transporte de valores, em passeata, acompanhados de carros particulares, motociclistas e carros-fortes, realizam um protesto que fechou a Rodovia Santos Dumont, sentido Campinas, na manhã dessa segunda-feira. A passeata, que pedia segurança para a categoria, começou na altura do Jardim Nova Mercedes e terminou no Largo do Pará, no centro de Campinas. Além da Rodovia Santos Dumont, o grupo percorreu as avenidas Prestes Maia, João Jorge e Moraes Salles.
Os motoristas, que enfrentaram muita lentidão no tráfego, afirmaram apoiar a causa, mas admitiram estarem cansados de tantos protestos. A manifestação foi organizada pelo sindicato que representa a categoria: o SindForte, com manifestações em Campinas e Ribeirão Preto. As duas cidades têm sido os maiores alvos das quadrilhas, com crescentes ataques a carros-fortes e empresas de valores, sequestros e mortes dos trabalhadores da categoria.
Nesse mês, em Campinas, uma quadrilha fortemente armada invadiu a empresa Prosegur, no Jardim Nova Mercedes. A ocorrência chamou a atenção porque os bandidos fecharam dois acessos de entrada para o bairro, incendiaram um caminhão, jogaram pregos na rua, atiraram contra motoristas e explodiram muros para pegar o dinheiro. Ainda em Campinas, em março desse ano, na empresa Protege, no bairro São Bernardo, uma quadrilha levou na época R$ 7 milhões que estavam em malotes em um carro-forte. Já na região de Ribeirão Preto, no começo de novembro, oito homens explodiram um carro-forte e um vigilante morreu em um assalto na Rodovia Antônio Machado Sant’Anna.
O Presidente do Sindforte, João Passos da Silva, disse que a reivindicação é para que governos e empresas tomem providências para a segurança dos trabalhadores. As atividades nas bases foram paralisadas nessa segunda-feira e as reivindicações foram envidas a autoridades políticas em Brasília.
